terça-feira, 10 de novembro de 2015

Sobrevivendo ao ENEM parte 2

Como dito na postagem anterior, sei que já passou muito tempo desde a maldita prova do ENEM. Mas, como eu fiz uma postagem sobre como foi meu primeiro dia, não poderia deixar vocês na curiosidade (pfff) sobre como foi o segundo dia, né? Pois bem, vamos lá. 


Domingo, dia 25 de outubro de 2015: segundo dia de prova — redação. 


Neste infeliz dia de domingo, eu já estava mais precavido, claro. Eu já tinha dinheiro, já sabia me localizar, sabia que se eu fosse a pé até a escola demoraria menos, muito menos do que ir de ônibus, então o que poderia dar errado? A redação. A maldita e tão esperada redação. Gente, sério, eu não presto pra redação, que coisinha mais cacetuda é essa redação. Manos e minas do céu. Sem comentar também que era dia de matemática. Tinha tudo pra dar errado na minha prova. Respiremos. 

Chegar lá na escola foi super normal, bem de boas mesmo. Fora a garoa que nos atacou sem escrúpulo algum em meio aquela rua que mais parecida uma subida para o monte Everest, tudo okay. Entrando no pátio me senti como se estivesse de volta à escola, de volta aos estudos. Aquela galera toda sentada lá esperando o sinal bater pra sair correndo desesperadamente pra sala... uma maravilha. Como eu não tinha nenhum conhecido ali (na verdade tinha sim, mas irrelevantes), fui ao banheiro e de lá me dirigi até a sala. Na porta,  a moça que colocava os objetos de alta periculosidade — celulares, fones de ouvido, borrachas, lápis, carteiras — dentro do saquinho, não era a mesma do dia anterior. Frustação. Ponto positivo: eu não perderia a atenção tão facilmente. Ponto negativo: ela era louca. 

Peguei minha ficha de preenchimento e fui sentar na mesma mesa que sentei no dia anterior. (Uma coisa que vocês precisam saber — ou não — é que sou um tanto possessivo, ou seja: se alguém que chegou antes de mim tivesse sentado naquela mesa, eu teria que tirar o meliante na base da bicuda). Preparei meu lanche, claro — meio que por ordens deles, mas tudo bem. Eu iria senti fome logo mesmo. Meu lanche constituía-se em uma garrafinha d'água e um incrível pacote de BOLACHA. Uma dieta 
balanceada.


Antes do sinal bater, a linda e graciosa moça de sábado (sim, a mesma que me causara distrações) apareceu lá pra entregar um tal papel zero fodas pro orientador atrapalhado (ótimo nome pra filme de Sessão da Tarde). Meu coração se inflou de esperanças, meu sorriso interno devia estar batendo de orelha em orelha. Eu, pobre criança tola e desinformada achei que ela ficaria ali, cumprindo sua tarefa para conosco, tal como havia feito no dia anterior, a velha louca só estava ali para fazer nada... eu me enganei meus queridos. Pois é. A vida, minha fiel companheira de anos, me ludibriou. Ela, a moça, só foi ali pra entregar o papel zero fodas mesmo. Uma lástima. E ainda por cima, galeros, ela nem sequer me notou. Antes dela sair ela deu um "oizinho" para o bonitão que sentava do meu lado direito. Meu coração estava em pedaços, eu não tinha mais razão para viver...

Voltado para o real assunto aqui... qual era mesmo? Ah, tá. A prova.

UMA E MEIA, GENTE! BATEU O SINAL. PROVA CHUNIN ESTAVA SE INICIANDO.

Eu como um bom imbecil desatencioso, tava era querendo saber o tema da redação pra eu fazer logo de cara e depois partir pra real prova. E procuro no final; e procuro no começo e nada de achar. Eu estava entrando em desespero. CADÊ O TEMA??? Achei! Tava na primeira página. Risos. Leio... leio... leio... leio. Bora começar a redação!

Uma amiga minha tinha me dado umas dicas de como escrever uma redação e adivinhem só? Eu esqueci, há! Se eu não tivesse esquecido não seria eu. Mais pânico, uhu. Resolvi ir fazer as primeira quarenta e cinco questões e depois voltava pra redação. Não sei se fiz uma boa escolha. QUANTO TEXTO. Sem mencionar que, as primeiras duas páginas depois do tema de redação, se tratavam das cinco questões de inglês/espanhol. Gente, eu fiz as duas, super feliz tipo "uau tô mandando super bem, nessas eu arregaço". Pobre de mim. No final descobri que só tinha que escolher uma língua. (Na verdade eu sabia disso, mas eu não li o enunciado). Me senti um imbecil. E a tia loca ainda fez o favor de me expor. VALEU HEIN! 

Quarenta e cinco questões feitas, vamos para a redação. O que vocês precisam saber é: neurônios foram queimados, inutilmente, óbvio. Eu não presto pra redação, já disse isso?

Não vou mais me prolongar, porque só de me lembrar, lágrimas me escorrem aqui. Agora vamos esperar até janeiro pra saber o resultado. Me desejem sorte, tô precisando.




O melhor foi voltar pra casa e lembrar de não ter colocado titulo na redação.... :D

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